Renata ...

Sempre gostei de escrever, mas acreditava que minha escrita não passaria de sonhos — sonhos inalcançáveis, e que, de alguma forma, eu também não me esforçava para realizar. À medida que fui crescendo, outras prioridades tomaram conta da minha vida, fazendo-me deixar aquelas histórias e aqueles papéis cheios de palavras esquecidos em uma gaveta do meu armário.

Contudo, assim como o destino mágico que descrevo em meu primeiro livro, minha própria vida parece ter seguido um caminho similar. Podemos dar quantas voltas quisermos, mas, se estamos destinados a algo, inevitavelmente acabaremos voltando para aquilo que nos completa. Acredito que caminhamos em um labirinto onde nossa chegada já está traçada; por mais que tentemos reinventar e adiar o encontro com nosso propósito, ele permanece lá, nos esperando, como um ponto final que, cedo ou tarde, é preciso alcançar.